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Gosto da Amazônia estreia com estande próprio na FIGA 2025 e reforça protagonismo do pirarucu de manejo sustentável

Gosto da Amazônia estreia com estande próprio na FIGA 2025 e reforça protagonismo do pirarucu de manejo sustentável

 

Experiência do manejo comunitário do pirarucu mostra como a Amazônia alia conservação, renda e gastronomia de excelência

Manaus (AM) – Pela primeira vez, a marca coletiva Gosto da Amazônia participa com estande próprio da Feira Internacional de Gastronomia Amazônica – FIGA 2025, que acontece de 3 a 5 de outubro no Centro de Convenções Vasco Vasques, em Manaus. A iniciativa reforça a valorização do pirarucu selvagem de manejo sustentável, alimento que se consolidou como referência de bioeconomia amazônica e modelo de conservação dos lagos da região.

O Gosto da Amazônia é fruto da articulação da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), que há três décadas defende os direitos de trabalhadores extrativistas e promove a comercialização de produtos da sociobiodiversidade. A marca conecta consumidores urbanos, chefs e restaurantes ao pirarucu de manejo, garantindo rastreabilidade, qualidade e impacto socioambiental positivo.

O manejo sustentável do pirarucu é autorizado e fiscalizado por órgãos ambientais e segue regras rígidas de cota, monitoramento e defeso. A prática impede a pesca predatória, fortalece a recuperação da espécie — que já esteve ameaçada — e assegura renda justa a centenas de famílias ribeirinhas do Médio Juruá.

Na FIGA 2025, o estande do Gosto da Amazônia vai apresentar ao público essa cadeia de valor construída de forma coletiva. Os visitantes poderão conhecer de perto histórias de pescadores, compreender os desafios da logística ribeirinha e degustar um produto que hoje figura em cartas de restaurantes de referência no Brasil e no mundo.

“Estar na FIGA com estande próprio é uma conquista histórica. Queremos mostrar que consumir o pirarucu de manejo é apoiar a floresta em pé, valorizar a cultura amazônica e gerar oportunidades para comunidades tradicionais”, afirma Ana Alice Britto, coordenadora de comercialização da ASPROC.

A participação inédita também simboliza o fortalecimento da bioeconomia amazônica como caminho estratégico de desenvolvimento. Por meio da marca coletiva, o pirarucu de manejo vem ganhando visibilidade em feiras, restaurantes e mercados diferenciados, ampliando o reconhecimento da Amazônia como território de inovação socioambiental.