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Faltando 100 dias para o Festival de Parintins, hotéis atingem lotação com pacotes que chegam a R$30 mil

Faltando 100 dias para o Festival de Parintins, hotéis atingem lotação com pacotes que chegam a R$30 mil

A cem dias para o início do 58º Festival Folclórico de Parintins, a rede hoteleira de Parintins já registra lotação máxima com pacotes de hospedagem que podem chegar a R$ 30 mil, segundo levantamento feito. Mesmo com a alta demanda, ainda há alternativas disponíveis para quem deseja assistir presencialmente a disputa entre os bois Caprichoso e Garantido.

Este ano, o festival acontece nos dias 27, 28 e 29 de junho, no Centro Cultural de Parintins, conhecido como 'Bumbódromo'.

Segundo o Governo do Amazonas, no ano passado cerca de 120 mil pessoas estiveram em Parintins durante o período do festival e o número deve crescer para 2025. A alta demanda já é refletida no segmento de hospedagem. Dez hotéis e pousadas da cidade e todos os estabelecimentos afirmaram que não possuem mais vagas disponíveis para a semana da festa.

Por telefone, o gerente de um dos hotéis consultados afirmou que as reservas se esgotaram na semana seguinte ao fim do último festival, em julho de 2024. A maior parte dos estabelecimentos afirmaram ter atingido a lotação máxima de reservas em dezembro do ano passado, cerca de um mês antes do início da venda dos ingressos para o Festival de Parintins.

Os pacotes oferecidos variam na quantidade de pessoas permitidas por quarto e tempo de permanência. Quartos para duas pessoas custam, em média, R$ 827 a diária. Já os quartos para três ou mais pessoas são ofertados por, em média, R$ 1.093.

Um dos estabelecimentos hoteleiros abordados dispõe de uma casa com capacidade para até dez pessoas. A locação do espaço custa R$ 30 mil para um período de cinco dias, uma média de R$ 6.000 a diária.

A servidora pública Meylinie Bastos irá ao festival de Parintins pela primeira vez e resolveu reservar um quarto com mais três amiga na cidade. A servidora conta que conseguiu a reserva em setembro do ano passado e que, em um primeiro momento, se assustou com preço de R$ 5.000 pela hospedagem.

"Eu sempre tive essa vontade de conhecer a tão falada ilha dos bumbás, então após o festival do ano passado eu comecei a me planejar e no momento em que estava pesquisando os valores de quartos tive um impacto, mas para realizar essa vontade a gente pode fazer esse sacrifício pelo menos uma vez, temos que valorizar a nossa cultura", relatou Meylinie.

Para as pessoas que buscam opções mais acessíveis ou que não conseguiram reservar um quarto a tempo, há outras opções de estadias, como os 'hotéis de rede' ou 'redários' - espaço coletivo onde é possível armar redes para dormir.

Uma das pousadas revelou que, para 2025, vai investir em um espaço para abrigar as redes pelo valor de R$ 150 por dia, com direito a café da manhã.

 

"Essa é a primeira vez que vamos abrir esse andar com esse redário. O turista pode entrar em contato tanto para fazer essa reserva ou mesmo quando já estiver em Parintins" explicou o proprietário.

 

Em 2024, o empresário Edmilson Prado decidiu apostar na ideia e montar um redário em um dos andares da pousada que administra. A vontade de oferecer hospedagem alternativa de baixo custo surgiu ao perceber o crescimento do número de turistas que vão a Parintins assistir os bois Caprichoso e Garantido.

Outra opção disponível é a hospedagem nos próprios barcos que transportam visitantes de diversos municípios do Amazonas até Parintins. Tradicionalmente, a compra do bilhete de embarque já dá direito a estadia no barco em áreas comuns onde é possível atar redes. Há também a opção de alugar quartos dentro da própria embarcação, com custo adicional.

O empresário Vanclei Aragão é dono de uma das maiores caravanas que vai de Manaus até Parintins pelos rios. Ele destaca que a hospedagem na embarcação é uma opção mais viável para o turista.

A alta demanda por hospedagem em Parintins durante o festival também é oportunidade para moradores da cidade fazerem uma renda extra com o aluguel de imóveis completos ou até quartos dentro da própria residência.

Esse é o caso da estudante de medicina Alda Rodrigues, aluga uma suíte dentro da casa da família para ajudar nas despesas do curso na Universidade Estadual do Amazonas (UEA). A estudante informou que os preços variam entre RS 4.500 até R$ 5.000 com capacidade de até cinco pessoas, durante as três noites do festival.