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Presidente da Liesa, Gabriel David, pode ter favorecido a Beija-Flor no Carnaval 2025

Presidente da Liesa, Gabriel David, pode ter favorecido a Beija-Flor no Carnaval 2025

O resultado da apuração do Carnaval 2025 gerou revolta entre diversas escolas de samba, levantando suspeitas sobre um suposto favorecimento da Beija-Flor de Nilópolis, campeã deste ano. No centro das polêmicas está Gabriel David, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que já vinha sendo alvo de críticas nos bastidores e agora é apontado como o responsável por manipular o julgamento.

O tom mais duro veio da Acadêmicos do Salgueiro, que, em nota oficial, denunciou o que chamou de “quadrilha de canalhas”, acusando o carnaval carioca de estar sendo comandado por “ladrões de plantão”. A escola, que ficou fora do Desfile das Campeãs, afirmou que não irá se calar e que lutará por um carnaval mais justo e transparente.

Com um total de 269,2 pontos, o Salgueiro ficou de fora do desfile extra, mesmo após receber notas máximas em mestre-sala e porta-bandeira, bateria, harmonia, evolução e comissão de frente. As maiores perdas de pontos vieram nos quesitos enredo, alegorias, fantasia e samba-enredo, o que causou revolta na diretoria e na comunidade.

A rainha de bateria Viviane Araújo reforçou as críticas, apontando que há uma perseguição clara contra o Salgueiro. “A perseguição contra nossa escola é evidente. Mas não vamos nos intimidar. Seguimos lutando sempre”, afirmou.

Já a Unidos da Tijuca, que também ficou insatisfeita com o julgamento, classificou o processo como tendencioso. Em vídeo publicado no Instagram da escola, o carnavalesco Edson Pereira afirmou que a agremiação não aceitará ser colocada em posições que não condizem com o que apresentou na avenida.

“Não permitiremos que nos calem. Vamos continuar trabalhando porque nosso destino é recomeçar. Mas sabemos que enfrentamos uma estrutura que não nos favorece”, disse.

O rebaixamento polêmico da Unidos de Padre Miguel

Outra grande reclamação veio da Unidos de Padre Miguel, que foi rebaixada para a Série Ouro. A escola classificou as notas recebidas como “injustas e inaceitáveis” e afirmou que sua apresentação foi sabotada pelo julgamento.

“Sabíamos que não seria fácil, reconhecemos que cometemos algumas falhas, mas nada que justificasse as notas tão baixas e injustas que recebemos. O resultado do julgamento é inaceitável e não condiz com o que apresentamos na Avenida”, declarou a agremiação.

Nos bastidores do carnaval, fontes ligadas a algumas escolas afirmam que Gabriel David teria favorecido a Beija-Flor de Nilópolis, escola da qual seu pai, Anísio Abraão David, foi presidente e patrono por décadas. Para alguns dirigentes, o campeonato da Azul e Branco de Nilópolis já estava decidido antes mesmo da apuração, o que explicaria a revolta generalizada de outras escolas.

Liesa foi procurada para comentar as acusações, mas até o momento não se manifestou oficialmente sobre as suspeitas de manipulação no julgamento.