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Militantes jogam sopa em obra de arte em Paris

Militantes jogam sopa em obra de arte em Paris

As ativistas afirmam ter agido em nome do "direito à alimentação saudável e sustentável", denunciando um "sistema agrícola doente".

A ação foi reivindicada por um grupo chamado "Riposte Alimentaire" (resposta alimentar), que alega liderar uma "campanha de resistência civil na França visando instigar uma mudança radical na sociedade nos âmbitos climático e social", conforme comunicado de imprensa enviado à AFP.

Ambas as ativistas foram detidas e colocadas sob custódia policial.

Após o período de detenção, "as duas pessoas foram acusadas de entrar ou permanecer em um museu na França, pertencente a uma figura pública ou a um particular que exerça uma missão de interesse geral, incluindo o acesso proibido ou regulamentado de maneira aparente, por terem ultrapassado a área segura demarcada em frente à obra", detalhou a acusação, solicitada pela AFP. Essa infração é passível de multa de € 1.500 (R$ 8.000).

As ativistas serão apresentadas "hoje perante um representante do Ministério Público, com o objetivo de discutir uma contribuição cidadã", como alternativa ao processo, acrescentou o Ministério Público. O museu do Louvre assegurou no domingo que a obra não sofreu danos.

Segundo a instituição, as duas mulheres esconderam a sopa de abóbora em uma garrafa térmica.

A famosa pintura de Leonardo da Vinci, exibida sob a proteção de vidro à prova de balas desde 2005, já foi alvo de vandalismo várias vezes. Em maio de 2022, por exemplo, foi atingida por uma torta de creme.

Ativistas ambientais têm realizado ações semelhantes com obras de arte famosas nos últimos anos. Em novembro de 2022, manifestantes colaram as mãos no quadro de Goya, no Museu do Prado, em Madri, em protesto contra a inação climática. Poucos dias antes, uma obra de Van Gogh, no Palácio Bonaparte, em Roma, também foi alvo do mesmo tipo de manifestação.