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Morreu na madrugada desta segunda-feira (12), em Franca (SP), a fundadora do Magazine Luiza, Luiza Trajano Donato, tia da empresária Luiza Helena Trajano, atual presidente do Conselho de Administração da varejista.
Luiza Trajano Donato tinha 97 anos e morreu em casa por causas naturais, segundo a EPTV, afiliada da TV Globo.
O velório começou às 10h no Velório São Vicente, em Franca, e o enterro está previsto para as 16h no Cemitério da Saudade. A cidade é onde a fundadora abriu a primeira loja da rede.
Em luto, todas as unidades do Magazine Luiza em Franca permanecerão fechadas nesta segunda.
Foi assim que ela comprou a loja de presentes "A Cristaleira", no Centro de Franca, e que logo depois seria rebatizada como Magazine Luiza.
Sem filhos, no início da década de 1990 ela escolheu a sobrinha Luiza Helena Trajano para assumir a sucessão dos negócios, empresária que não só alavancou o grupo para todo o país como se tornou uma das maiores empresárias brasileiras.
Em 2023, até o terceiro trimestre de 2023, o grupo movimentou R$ 14,8 bilhões em vendas, com um crescimento de 21% com relação aos últimos quatro anos, segundo o balanço financeiro mais recente divulgado pela empresa. Desse total, R$ 10,9 bilhões foram com e-commerce e R$ 4 bilhões com lojas físicas.
Morreu hoje, aos 97 anos, em Franca, no interior de São Paulo, Luiza Trajano Donato, fundadora do Magazine Luiza, uma das maiores plataformas de varejo do Brasil. Tia Luiza, como era mais conhecida, nasceu em 20 de setembro de 1926, no seio de uma família de comerciantes. Em uma época em que as mulheres eram criadas para se dedicarem, exclusivamente, à casa e à família, ela ousou ao batalhar para realizar o sonho de empreender.
Aos 31 anos, recém-casada com Pelegrino José Donato, seu companheiro de toda a vida, investiu a economia feita ao longo de anos de trabalho no varejo para comprar seu próprio negócio. A Cristaleira, uma loja de presentes localizada no centro de Franca, logo seria rebatizada pelos fregueses de Magazine Luiza, em homenagem àquela que era considerada a melhor vendedora da cidade. Nascia, assim, o Magalu, o grande legado deixado por Luiza Trajano Donato.
Muitos dos valores que hoje regem os mais de 30 000 colaboradores do Magalu são reflexo do jeito de pensar e de agir de sua fundadora. Tia Luiza tinha uma energia quase inesgotável para o trabalho. Não importava se a tarefa a ser feita era empacotar um produto ou descarregar um caminhão de mercadorias. Era uma vendedora apaixonada, que conhecia as necessidades, os gostos e as possibilidades de seus clientes. Cada um deles era e deveria ser tratado como alguém especial, como a razão de ser do negócio.
Foi assim que Luiza deu as boas-vindas aos funcionários das primeiras 50 lojas abertas simultaneamente na cidade de São Paulo, em 2008: "Quero pedir a vocês, como boa vendedora que fui, para sempre atender o freguês da melhor maneira possível, sem olhar se ele é branco, preto, pobre, rico, bonito ou feio. Atender com todo carinho, não importa se um esteja usando salto e outro chinelo de dedo. Atender com educação, não tapear o cliente, não mentir de jeito nenhum. Se vocês quiserem crescer na vida, sejam sempre sinceros e honestos."
Com sua narrativa simples, ela sintetizou a missão daquela que é hoje uma das maiores empresas do país: incluir, ao trabalhar para que o maior número possível de brasileiros tenham acesso a produtos e serviços que melhorem suas vidas.
Luiza Trajano Donato não teve filhos. Durante quase toda a vida dividiu amor, atenção e energia entre o Magazine Luiza e sua família. No início da década de 90, escolheu uma sobrinha – Luiza Helena Trajano – como sucessora à frente dos negócios. Na época, o Magalu era uma típica rede de varejo de eletroeletrônicos e móveis familiar, com lojas localizadas, principalmente, em cidades de São Paulo e Minas Gerais. Sob o comando de Luiza Helena, hoje presidente do Conselho de Administração, o Magazine Luiza tornou-se uma varejista nacional, de capital aberto e dona de uma das culturas corporativas mais admiradas do país. A empresa criada por Tia Luiza demonstrou, ao longo de seus mais de 65 anos, uma incrível capacidade de se transformar, se renovar sem abrir mão de seus valores. E, assim, perenizar o sonho e cumprir a missão de sua fundadora.
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